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A mostrar mensagens de outubro, 2003

Post achado não é roubado

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Achei no Just like Heaven

Devaneio

Recebi de um ciberamigo e, com a devida autorização do mesmo, passo a pu blog ar, pois gostei tanto que quero partilhar com os outros leitores do Esquissos... Devaneio É noite. Sentado à minha mesa, penso em ti. Vejo-te a passos leves, Atravessar a rua, Pegar na mala, Tomar o trem. Mas a tua imagem continua, num vaivem. Lá fora, um cão ladra à minha janela. Será que também te vê passar?! Não. Apenas ladra p'ra me despertar. (c) João Norte

Celebramo-nos na noite

Celebramo-nos na noite no momento em que o dia é mais fértil, na hora em que os amantes se acordam para voltarem, depois, a se adormecerem. Celebramo-nos na noite feita madrugada, aurora para acordarmos mais tarde com um sorriso de sol e de dia. Celebramo-nos na noite e fazemos do piar das corujas a melodia da repetição do rito do nosso amor. Celebramo-nos na noite na noite dos sonhos na noite das trevas na noite da fantasia ou na noite de luar. Celebramo-nos na noite em carícias, em beijos, em ternuras murmuradas no silêncio e em gemidos de pecados venais. Celebramo-nos na noite para que em cada manhã que dia a dia se despenteia possamos celebrar o mel da vida. (c) Dulce Dias - 1999-04-17

A Portuguesa

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E porque hoje é dia 5 de Outubro... Viva Portugal! Heróis do mar, nobre povo, Nação valente, imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória, Ó Pátria sente-se a voz Dos teus egrégios avós, Que há-de guiar-te à vitória! Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar! Desfralda a invicta Bandeira, À luz viva do teu céu! Brade a Europa à terra inteira: Portugal não pereceu Beija o solo teu jucundo O Oceano, a rugir d'amor, E teu braço vencedor Deu mundos novos ao Mundo! Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar! Saudai o Sol que desponta Sobre um ridente porvir; Seja o eco de uma afronta O sinal do ressurgir. Raios dessa aurora forte São como beijos de mãe, Que nos guardam, nos sustêm, Contra as injúrias da sorte. Às armas, às a

Saudade

Foi a 3 de Outubro de partiste. Na minha ingenuidade, acreditava que voltarias no final do dia. Mas o dia acabou-se e tu não voltaste. A noite caiu. E eu comecei a sentir uma angústia e uma preocupação crescentes - embora na altura não soubesse ainda nomear os sentimentos que me assaltavam.  Não queria ir deitar-me sem que tu chegasses. Tinham passado o dia todo a dizer-me que não virias. Mas à hora de recolher aos lençóis e aos sonhos, tentaram convencer-me que o melhor era dormir. Que tu chegarias certamente mais tarde. Que estarias, talvez, a fazer serão. O cansaço e a angústia venceram-me. Acabei por encontrar-me com os anjos e dormir.  Não. No dia seguinte, quando a manhã me trouxe de volta ao mundo dos vivos, não tinhas voltado. Nem voltaste nesse segundo dia, nem no terceiro, nem no quarto... Passaram-se meses e meses até que tu, Pai, regressaste. Da Holanda, para onde tinhas emigrado.  Foi há exactamente 30 anos. Eu tinha três - e aprendi cedo o significado e a dor encerrados n
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A vertigem voraz da vida

Avisaste-me de antemão que não sofresse.  Desculpa-me se não soube seguir o teu conselho.  Eu vivo a vida assim: intensamente.  Expludo-me em miríades de luz e, depois, dilacero-me em pedaços de trevas lançados de mim.  É a única forma que conheço de viver.  Não sei evitar o sofrimento nem a dor.  São sempre o colmatar do meu prazer.  Mas, Deus!, não me impeçam de sentir o sabor, todo o sabor da Vida.  Porque a Vida é um vendaval vadio.  E eu vou no Tornado, no Furacão.  Não me ponham travões nem me peçam para reduzir a velocidade.  Não me impeçam de sentir a vertigem voraz de viver a Vida intensamente.  (c) Dulce Dias - 1999-05-10